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27 de outubro de 2009

História de Portugal.


Aqui conta-se a história de Portugal. Descobrimentos e, em particular, o comércio de especiarias na Índia.
Não são histórias contadas por historiadores, a grande parte do livro contém transcrições de documentos escritos por quem viveu aquela parte da nossa história. Capitães, marinheiros, comerciantes, portugueses, muçulmanos, indianos, venezianos, etc. Recomendo aos amigos.

26 de outubro de 2009

Domingo de motas no Autódromo do Algarve.







Domingo nas motas. No algarve não há só estádios às moscas e outros elefantes brancos. Parece que este autódromo está a ter sucesso. Não é um sucesso estrondoso mas é, digamos, QB. O que já não é nada mau. Mas realmente é precisa muita coragem para investir 100.000.000,00€ numa altura destas de crises e mais crises e petróleo em roda livre e mais um sem número de indicadores negativos que levariam um tipo com juízo a não se meter numa coisa destas. O certo é que ele lá está feito e bem feito. Dizem os especialistas que é do melhor que há ao nível europeu ou mundial ou não sei quê. Por mim gostei. Espaçoso, parques de estacionamento de sobra e tudo muito bem organizado. Profissional. O público dividia-se em 1/3 britânico, 1/3 espanhol 1/6 de portugueses e 1/6 de ucranianos e outras nacionalidades motoqueiras. As corridas, essas, são protagonizadas por gente maluca de todo. Só assim se compreende que alguém se tranforme em bala para a ver-mos passar à frente a 330km/hora. Simplesmente aterrador. Mas depois das primeiras voltas até parece que os tipos dominam aquilo e então a calma instala-se. Por esta altura já dá então para admirar o conceito desta infraestrutura e perceber que o projectista da coisa é um tipo encartado uma vez que a pista se desenvolve em socalcos e, sentadinhos na bacada "Algarve", a principal, dá para acompanhar quase sempre os corredores sem perder pitada da corrida. Parabéns aos investidores e aos projectistas. É disto que o Portugal precisa.

PS: Só é pena que não tenha sido construido pela empresa onde trabalho!!!!!!

As coisas boas.


Que delícia de Domingo no parque da Almeda em Faro com o sobrinho a roubar balões aos putos espanhóis. Os espanhós, para não variar, estavam em maioria mas o esperto do sobrinho usou a estratégia da dissimulação fingindo que o balão amarelo era dele enquanto os espanhóis se desentendiam por causa do balão verde. Uhffff.Muito complicado isto de lidar com putos "xicoespertos" e nossos sobrinhos. Só se passam vergonhas:-)!

O cão da minha mãe.


Se a nossa vida são dois dias, a dos cães não chega a meio dia. Talvez por isso, não quiz ter mais cães. É que custa muito perder familiares e quando duram pouco ainda é pior. Mas vai daí, herdei o cão da minha mãe, que era um matulão, que em pé tinha para lá de 1.80m, arraçado de pastor alemão com serra da estrela. Era lindo. Lembro-me bem quando o meu amigo Prada o ofereceu à minha mãe para lhe guardar a casa e fazer companhia. Era uma bola de pelo dourado e preto com dois olhos iluminados por uma vontade de bricar e de fazer parvoíces. Foi uma das melhores companhias que a minha mãe teve, embora a partir de certa altura, a indelicadeza das bricadeiras dele impedissem a minha mãe de se aproximar demasiado.
Enfim, a minha mãe faleceu há 3 anos e tal e o Boss lá ficou em casa dela a guardar a casa e a reinar sozinho no seu quintal. Um verdadeiro Boss.Tratámos dele o melhor que pudemos. Limpeza, carinho, comida e veterinário até ao dia em que pensei que o cão estaria melhor na quinta de um amigo, junto de outros cães e com mais pessoas por perto. Arranjei-lhe então um local óptimo e ele parecia dar-se bem na sua nova morada. Não sei porquê, morreu passado um mês. Certo que ele já tinha vivido o seu meio dia a que os cães parecem ter direito, mas eu não deixo de pensar que na casa da minha mãe tinha durado mais. Talvez pensando que a dona ainda lá estava em casa e que a qualquer momento lhe podia aparecer à janela para o ver a guardar a casa, o fizesse sentir útil. Talvez sentisse nisso a razão da sua vida. Não sei, posso estar enganado, mas se calhar, o que eu estou é lixado por me ter desaparecido mais uma peça do meu xadrez. Há que encarar a vida como ela é, costuma-se dizer. E a vida dos cães é assim. Curta. Mas não devia ser. Devia durar pelo menos dois dias como a nossa.

6 de outubro de 2009

Ao Carlos. O meu compadre.

Tínhamos combinado ir ao concerto juntos.

Não te conseguimos encontar mas estavas lá.

Estavas lá com a tua família que tanto te sente a falta e que tanto precisa de ti.

Estavas lá com os teus amigos que te não viram também.

Estavas lá com os teus pais e a tua irmã que choram sem parar a perda do filho e do irmão que era o pilar da família.

E nós estavamos lá contigo, mas não te pudemos ver meu sacana.

Trocas-te-nos as voltas e deixas-te-nos para aqui a perguntar porque morre um tipo são e bom e grande e honesto e alegre e trabalhador com dois filhos para criar.

E porque nos morre um amigo com 46anos.

Esta vida para ti teve um dia só e ao fim do dia esta vida matou-te.

Este teu dia de vida soube-nos a pouco. Queríamos mais da tua vida.

Até um destes dias compadre. Até sempre amigo Mariano.